4 dicas de quem entende de e-commerce

Executivos de negócios, como a Giuliana Flores, dizem como fazem para manter o ritmo de vendas, mesmo sem aquela avalanche de vendas e promoções por todos os lados que a Black Friday promove 

   Por Mariana Missiaggia 05 de Dezembro de 2019 às 11:00

  | Repórter mserrain@dcomercio.com.br

Neste período pós Black Friday, muitos lojistas que não tem a internet como aliada principal nas vendas tradicionais podem aproveitar para seguir com boas estratégias e manter o movimento online dos negócios. 

Mesmo sem aquela avalanche de vendas e promoções por todos os lados, o ritmo de compras de fim de ano pode ser propicio para o aumento de tráfego e a conversão em vendas. É importante ficar atento a todos os cadastros novos feitos no período de Black Friday e os tipos de produto e pagamentos escolhidos. A partir dessas informações é possível usar esses dados para manter contato com o cliente e mostrar os benefícios de algumas compras e nichar seu público. 

Veja o que algumas empresas já consolidadas pensam sobre o assunto e como fazem para manter o fluxo de visitas on-line durante o ano todo: 

Clóvis Souza, presidente da Giuliana Flores:

 “Uma loja virtual precisa estar preparada nos 360. Começando por estar com o site apto a receber um grande volume de acessos, não ter lentidão e nem ficar fora do ar. Também é preciso estar com o Televendas e com o SAC preparados para receber um maior volume de atendimentos e estar a par das promoções especiais para atender aos clientes com excelência. 

 As ofertas precisam ser pensadas com atenção para oferecermos bons descontos sem afetar as margens. Além disso, ter atenção no estoque e, por fim, planejar a logística para não ter problemas de separação e atrasos nas entregas. Como trabalhamos com flores, temos também a sazonalidade que, nesse caso, vem ao nosso favor, estamos saindo da primavera e entrando no verão, então conseguimos negociar diversas flores com um custo melhor, podendo ofertar também alguns dos produtos queridinhos dos clientes”. 

Eduardo Fregonesi, CEO da Synapcom: 

“O cliente recorre ao online em busca de informações e e/ou compra, e essa busca vem numa crescente constante. Todo esse movimento exige por parte do varejo a criação de processos e soluções tecnológicas, aumentando a eficiência, agregando inovação e oferecendo ao cliente uma experiência de consumo relevante, fazendo com que ele sinta-se fidelizado pela marca. Outro ponto a ser destacado é como a indústria vem entendendo esse movimento e cada vez mais se digitalizando, tornando-se, também, varejo e entendendo melhor seu público final e o que fazer para atraí-lo e fazer dele um brand lover. 

Importante destacar que a transformação digital vai muito além de tecnologia, o principal desafio são pessoas e processos. A convergência de canais é essencial para alavancar as vendas. Agrada aos olhos do consumidor comprar online e retirar no ponto físico ou vice-versa. Você dá a ele a opção de escolher o que convém a sua rotina. Além de oferecer vantagens, como retirar no físico e não pagar frete, você levando o cliente ao offline induz o contato dele a novas promoções e convertendo vendas tanto no físico quanto no online”. 

 Renan Mota, Co-Fundador da CoreBiz: 

 “Em poucos anos, o mundo mudou drasticamente, temos mais gente com celular do que esgoto tratado, por exemplo. Com isso, o cliente ficou ainda mais no controle das escolhas, ele pode escolher se compra de uma empresa ou outra apenas com um clique, pode escolher se compra via site, presencialmente, telefone e até por voz. Com essa mudança da expectativa do cliente, dois novos conceitos vieram à tona: omnichannel e customer centric. 

O primeiro visa ter as mais diversas possibilidades de relacionamento entre empresa e consumidor e a segunda que está plenamente ligada a primeira que entende que o cliente está no centro de todas as operações da empresa. Só com esses dois conceitos, todas as empresas têm se transformado muito para conseguir atender esse novo consumidor. A expectativa do consumidor é de se relacionar com a empresa e não apenas com o canal de venda, ou seja, se a empresa não entrega uma experiência omnichannel como retirada em loja, compra na loja de estoque virtual, comprar pelo app etc, o consumidor pode não encontrar a jornada que mais lhe agrada e é nesse momento que a empresa pode perder vendas para o concorrente que já está preparado. Além disso se a empresa já está operacionalmente preparada, ela pode utilizar disso para aumentar sua margem, dando um desconto maior por exemplo quem for retirar (para descongestionar a operação logística) ou fazendo promoção juntamente com um parceiro se utilizando de integração de marketplace. As possibilidades são inúmeras, mas a empresa só conseguirá fazer se estiver preparada”. 

Vinicius Pessin, CEO da Eu Entrego: 

 “A particularidade da nossa operação, visto que somos uma rede autônoma, é que conseguimos crescer, escalar sem aumentarmos nossos custos fixos. Esse é um dos grandes diferenciais de uma rede de crowdshipping. Nossa plataforma garante toda qualidade porque ela tem capacidade de crescer para acompanhar essa sazonalidade”. 

Matéria publicada em: Diário do Comércio

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